Shintaro Ishihara (Governador de Tóquio ), diz que a indústria anime mereceu o terramoto, e revelou na televisão japonesa por se estarem sempre a queixar de ataques à sua liberdade de expressão.
O comentário tinha como principal alvo a Anime Contents Expo (ACE). E uma lei que proíbe animes e mangás foi aprovada ano passado e entrará em vigor dia 11 de julho deste ano.
A seguir alguns tópicos que nos poderão ajudar a refletir e discutir sobre os efeitos desta lei anti-anime e mangá:
1- Uma das principais críticas à lei é a sua ambiguidade e o fato de ser demasiado abrangente no que toca a censura. Embora seja vocacionada para a proteção de menores tal implica que conteúdos mais “susceptíveis” e não necessariamente para adultos sejam atirados para a seção de entretenimento para adultos, logo terão menor visibilidade e consequentemente as editoras deixaram de apostar nesses conteúdos.
2- Proibir qualquer mangá, animação ou imagem (mas excluindo imagens da vida real) que exibem atos sexuais ou a simulação destes que seriam ilegais na vida real, ou atos sexuais ou a simulação destes entre familiares próximos cujo casamento seria ilegal e ainda conteúdos que glorifiquem ou exagerem injustificadamente atos de violência, sexuais ou pseudo-atos sexuais.
3- Aplicação sobre todos os conteúdos que sejam prejudiciais para o correto desenvolvimento da sexualidade dos jovens e o governo metropolitano de Tóquio terá poder unilateral para banir qualquer conteúdo onde o ato sexual ou sua simulação seja considerado corruptivo da ordem social.
Embora a lei seja omissa no que toca a títulos já publicados especialistas afirmam que se estes títulos forem relançados terão de se sujeitar a estas novas regras. Um dos títulos que poderá já sofrer com esta lei é o mangá High school of the dead.
Como vai funcionar?
As editoras que tenham mais de seis trabalhos classificados como prejudiciais pelo governo metropolitano de Tóquio num ano vão ser sujeitas a um escrutino da sua comissão de auto regulação, qualquer violação adicional da lei nos seis meses seguintes faz com que o governo metropolitano de Tóquio revele ao público a identidade da editora que está a violar a lei e o governador terá a autoridade para exprimir a sua opinião e apresentar provas.
Basicamente se uma editora lançar algo que Tóquio considera prejudicial mais de seis vezes num ano a comissão auto reguladora dessa editora vai ser notificada. Se ocorrer mais alguma violação da lei após a notificação o governador vai humilhar a editora em público fazendo com que os retalhistas e distribuidores deixem de apoiar os trabalhos daquela editora.
A proibição geral deste conteúdo é prejudicial ao país, a cultura japonesa esta se proliferando e boa parte subsidiado através do público jovem. A qual todo ano, eventos de anime são realizados e a venda desta cultura é consumida através dos varejistas, produtores e editoras. Mas se tratando de um governo ditador gostaria de saber a opinião de vocês sobre este assunto.
Se gostaram e querem entender mais dobre o assunto, recomendo ler sobre a lei 156 e visitar fonte de pesquisa abaixo.
Fonte: OtakuPT